Emdec avalia implantação de Moto-Faixa para reduzir acidentes

Em 26 de janeiro de 2024 o vereador Paulo Gaspar solicitou ao Prefeito Dario Saadi através da indicação n. 839 a implantação de faixa exclusiva para o trânsito de motocicletas (Faixa Azul) nas principais avenidas de Campinas. Finalmente nesta semana (17/04/2025), a Emdec confirmou a formação de um grupo de trabalho interno para avaliar a viabilidade da medida, embora não haja, por enquanto, definição de local ou prazo para início dos testes, conforme artigo publicado pela CBN Campinas.  

https://portalcbncampinas.com.br/2025/04/emdec-cria-grupo-para-avaliar-implantacao-de-faixa-azul-para-reduzir-acidentes-com-motos-em-campinas/

A faixa azul é uma sinalização especial no asfalto que serve para separar o trânsito de motocicletas do tráfego dos demais veículos, evitando que os motoqueiros se arrisquem no chamado “corredor” entre os automóveis. A faixa Azul é uma opção de maior segurança pois terá toda sinalização necessária e proporcionará maior distância entre o motociclista e os demais veículos em comparação com os corredores informais existentes hoje.

A chamada Faixa Azul é uma sinalização viária exclusiva para motos, criada pela Prefeitura de São Paulo em 2022. A proposta é reorganizar o tráfego e garantir mais segurança aos motociclistas, com uma faixa delimitada para esse modal. Atualmente, São Paulo já conta com mais de 212 km de vias com esse tipo de sinalização. Com uma redução de 47,2% nas mortes de motociclistas em vias onde a Faixa Azul foi implantada em São Paulo, o modelo começa a ganhar força como uma alternativa viável para melhorar a segurança no trânsito em outras cidades.

Campinas, no entanto, ainda avalia os impactos e as possibilidades locais. Segundo a Emdec, qualquer decisão sobre a implantação depende de estudos técnicos e da aprovação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O órgão reforça que a proposta está em análise preliminar. Segundo dados preliminares da Emdec, só nos dois primeiros meses de 2025, sete motociclistas morreram em vias urbanas de Campinas. Em todo o ano de 2024 foram 34 óbitos de condutores ou garupas de moto.

Entre as vias com mais ocorrências de mortes estão a Avenida Prestes Maia e a rua Heitor Lacerda Guedes, com três óbitos cada, e a Lix da Cunha e a Luiz Antônio Pinheiro Porto, com dois casos registradas em 2024. Uma das hipóteses cogitadas para testes iniciais seria a Avenida John Boyd Dunlop, uma das mais extensas da cidade e com alto volume de tráfego e de acidentes com motos.

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