Como funciona a eleição de presidente da Câmara Municipal de Campinas?

Como funciona essa articulação na prática?

Quando o vereador candidato busca convencer os vereadores a votarem nele, escuta aquela pergunta básica: O que vou ganhar para votar em você?

Nessa hora quem "oferece mais" leva o voto. E que tipo de oferta seria essa?

Cada vereador tem "demandas específicas" como pretensão à cargos na Mesa Diretora, nas Comissões de Estudos, projetos a serem aprovados e favores junto à prefeitura para atender seus eleitores.

O candidato que será eleito será o que fizer mais promessas para seu "seu eleitor" e tiver maior poder de influência para realizá-las.

Este poder de influência só será possível se tiver "a benção" do poder executivo.

Como os vereadores indicam centenas de cargos comissionados na prefeitura eles precisam do "compromisso" do poder executivo, de que os seus cabos eleitorais indicados tenham o apoio e a liberdade para trabalhar a favor das demandas do vereador (dessa forma ele garante a sua próxima reeleição).

Portanto é fundamental que o próximo presidente tenha poder de influência não apenas entre os seus pares da CMC mas também junto ao poder executivo.

E qual é a moeda de troca que o executivo vai exigir para fazer estas "concessões"? A fidelidade e obediência dos vereadores que comporão a "base do governo".

Em função deste "toma lá dá cá", se garante a "governabilidade" e ao invés da Câmara Municipal se tornar um órgão fiscalizador da Prefeitura, ela passa a ser um "puxadinho" do poder executivo.

Esse Modus Operandi acontece em todo o Brasil. O que acontece em Campinas e em qualquer município é o que vemos em Brasília: a complacência e a cumplicidade do poder legislativo em relação aos erros e aos desmandos do poder executivo e do judiciário.

Assista o vídeo:

Quer entender mais sobre como funciona os bastidores da política em Campinas e no Brasil? Acesse o link : https://www.paulogaspar.com.br/post/eles-n%C3%A3o-querem-que-voc%C3%AA-saiba

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